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Snowden denuncia a arapuca do ChatGPT

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  A A      Snowden denuncia a arapuca do ChatGPT Opiniões políticas. Projetos criativos. Condições médicas. Segredos íntimos.  Tudo  o que se informa ao robô é lido, analisado e pode ser empregado ou vendido pela OpenAI – cuja parceria com a Casa Branca, a NSA e a CIA é cada vez mais notória Por  Jeff Xiong  | Tradução:  Sérgio Amadeu MAIS: Jeff Xiong e Sérgio Amadeu escreveram, sobre tema correlato, um artigo na Revista  Liinc , do IBICT, com o título “Índice de Soberania Digital”. Ele pode ser lido em  https://revista.ibict.br/liinc/article/view/7451 Em 13 de maio de 2025, um tribunal federal dos EUA emitiu uma ordem chocante. Exigiu que a OpenAI “preservasse e segregasse todos os registros de atividades dos usuários”, mesmo que estas pessoas ou empresas desejassem excluí-los. Esta ordem significa que, a partir daquele dia, as mais de 1 bilhão de conversas com o ChatGPT enviadas diariamente por mais de 300 milhões de usuários...

Álcool: do estigma às novas abordagens

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  A A      Álcool: do estigma às novas abordagens A partir de vasto estudo no Lenad III, pesquisadores sugerem que o uso abusivo da droga é muito mais disseminado do que se pensa. Por isso, de nada serve associá-lo a falhas morais, ou recomendar “saídas” que estimulam o isolamento e tolhem o convívio social Quais as verdadeiras dimensões do consumo abusivo de álcool na sociedade brasileira – e de que forma enfrentá-lo? Promovida pela organização ACT Saúde e realizado na Santa Casa de São Paulo, em 21/10, um encontro entre pesquisadores e jornalistas ajudou a enxergar em mais profundidade o tema e a afastar visões preconceituosas. Teve como foco o  III Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad III ), utilizado como base para as políticas do ministério da Saúde e recém-divulgado.  Suas conclusões são muito relevantes. Elas ajudam a superar o estigma do “alcoolismo” – um termo, aliás, abandonado. Demonstram que o abuso não é típico de camadas margin...

Faltam banheiros para pessoas com deficiência

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  A A      Faltam banheiros para pessoas com deficiência Parece absurdo, mas instalações sanitárias continuam a excluir uma vasta parcela da população. No caso de mulheres, é ainda mais problemático. Sair para um bar ou show pode provocar embaraços e riscos graves. Resta o isolamento social O direito humano à água e ao saneamento é reconhecido pela ONU desde 2010 (UNGA, 2010). Mas, como todo direito, ele não se realiza de forma neutra. A quem esse direito chega? Em que condições? Para quem ele é negado? No cotidiano de mulheres com deficiência física banheiros e bebedouros não adaptados ou com adaptações precárias fazem parte do cotidiano, mas tudo isso está para além do desenho técnico. Para além da acessibilidade física ou desenho de estruturas acessíveis baseadas nas normas técnicas, pensar em acesso à água e banheiros, para todos e todas, demanda compreender que é de direitos humanos que estamos falando. Trata-se de reconhecer que infraestrutura é, também, p...
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  A A      Favelas: informalidade planejada? Estudos reforçam como as periferias não são uma “falha” da urbanização, mas um cálculo seletivo. Para não legitimá-las, o Estado opta por gerenciar – e não solucionar – as desigualdades, por meio de exceções jurídicas e licenças precárias. É o pacto da “provisoriedade permanente” Por  Rafael da Costa Gonçalves de Almeida ,  Marianna Fernandes Moreira  e  Matheus da Silveira Grandi , no  The Conversation Brasil Desde o início do século XX, quando o termo favela passou a designar genericamente áreas populares de ocupação no Rio de Janeiro, esses espaços, segundo  Maurício Abreu , foram associados à ilegalidade e à marginalidade. O  tema  da “invasão” atravessa a história da cidade, das narrativas de fugitivos, soldados e libertos que subiram os morros até os relatos épicos da migração rural-urbana. A partir da segunda metade do século XX, porém, estudiosas e estudiosos do espaço u...
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  A A      Safatle: A domesticação da psicanálise No neoliberalismo, a função da análise retorna como ferramenta de desempenhos sociais. O  regresso  ao trabalho alienado. A  amar , segundo a gramática cristã ou de “promessas de uso”. O que foi feito da crítica implacável do que somos – e do que queremos ser? Por  Vladimir Safatle , na  Cult A maior inimiga da psicanálise é ela mesma. É apenas tendo consciência disso que ela pode ser fiel a si, fiel a seu impulso gerador. Pois a história da psicanálise é, desde seu início, a história de uma luta contínua contra sua acomodação em uma prática terapêutica dos males de adaptação burgueses. Como vários já perceberam, há uma luta de classes a atravessa-la. Essa acomodação sempre volta e não poderia ser diferente em nosso presente, quando a psicanálise é convocada para mais uma vez ocupar espaços no debate da cultura, promover a “escuta” em um mundo onde querem nos empurrar as lágrimas da prete...