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Mostrando postagens de setembro, 2025

Agroecologia e Artivismo: Quando a luta também está à mesa

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A A      Agroecologia e Artivismo: Quando a luta também está à mesa Construção de outro sistema agroalimentar passa por "estalos" que geram novas sensibilidades, em que a resignação dá lugar a resiliência. Silvio Tendler nos mostrou o potencial do artivismo. E emerge uma cena cultural que propõe caminhos para desenvenenar a vida " Por terra, arte e pão: defender a alegria como uma trincheira!"   Grito de luta entoado por integrantes da Escola de Arte do MST " (vivemos) num mundo em que quem manda é o deus Mercado, que é um deus implacável, invisível, tremendo filho da puta… que manda esquecer a identidade entre os direitos humanos e os direitos da natureza ". Com as palavras acima, ditas pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano, encerrava-se mais uma sessão do filme   O veneno está na mesa , dirigido pelo cineasta Silvio Tendler. Estávamos em 2011 — ano em que a   Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida   foi lançada. Após cada exibiçã...

Por que o mundo precisa de uma nova ONU

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A A      Por que o mundo precisa de uma nova ONU O genocídio em curso em Gaza é um sintoma de impotência do órgão. Um mundo globalizado e em crise civilizatória precisa de uma organização de outro tipo. Primeiros passos: mudar o sede para o Sul Global, frear o comércio de armas e voltar a fortalecer agências humanitárias Por   Vijay Prashad , no   Instituto Tricontinental Existe apenas um tratado no mundo que, apesar de suas limitações, une as nações: a Carta das Nações Unidas. Representantes de cinquenta nações redigiram e ratificaram a Carta da ONU em 1945, com outras aderindo nos anos subsequentes. A Carta apenas estabelece os termos para o comportamento das nações. Não cria e não pode criar um novo mundo. Depende de cada nação viver de acordo com a Carta ou perecer sem ela. A Carta permanece incompleta. Era necessária uma Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, e mesmo esta foi contestada, visto que os direitos políticos e civis tiveram que s...

Os “fuzis artesanais” que atormentam as periferias

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A A      Os "fuzis artesanais" que atormentam as periferias A partir de peças importadas de Miami ou moldadas em impressoras 3D, surge uma indústria de armas clandestina no país. Nova logística oferece mercado diversificado para empoderar milícias e reconfigura cadeia ilícita de armamentos – que torna quase impossível rastreá-los Da importação à indústria clandestina: a mutação do mercado de fuzis Em 20 de agosto de 2025, a Polícia Federal estourou uma oficina de armas em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde eram montados fuzis a partir de peças importadas de Miami. No local, os agentes policiais encontraram maquinário, armas em fase de montagem e impressoras 3D, usadas para fabricar componentes. Havia indícios de participação de milicianos que trazem uma expertise diferenciada sobre a gramática de armamentos e os seus modos de emprego (i)legal e (i)legítimo. Uma operação policial também iniciada no dia 20 e estendida ao dia 21 de agosto de 2025 expôs a...