ECONOMIA




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Gastos do governo superam R$ 3 trilhões e escancaram rombo nas contas públicas

Lívia Braz

“O que mais revolta é pagar tanto imposto e não ter nenhum retorno”, desabafa Rodrigo Marrara, servidor público em Brasília, 54 anos. “Você paga imposto de renda, INSS e, mesmo assim, tem que pagar escola pros filhos, plano de saúde, previdência privada, transporte... O Estado simplesmente não entrega.” A sensação de Marrara é compartilhada por muitos brasileiros – e encontra respaldo em um número alarmante: os gastos públicos primários pagos pelo Governo Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios já somam R$ 3 trilhões em 2025, marca atingida esta semana segundo o painel Gasto Brasil, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

    “O que mais revolta é pagar tanto imposto e não ter nenhum retorno”, desabafa Rodrigo Marrara, servidor público em Brasília, 54 anos. “Você paga imposto de renda, INSS e, mesmo assim, tem que pagar escola pros filhos, plano de saúde, previdência privada, transporte... O Estado simplesmente não entrega.” A sensação de Marrara é compartilhada por muitos brasileiros – e encontra respaldo em um número alarmante: os gastos públicos primários pagos pelo Governo Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios já somam R$ 3 trilhões em 2025, marca atingida esta semana segundo o painel Gasto Brasil, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Instalado em pontos estratégicos do país — áreas centrais de São Paulo e de Salvador — e acessível pela internet, o painel contabiliza em tempo real as despesas dos entes federativos, numa iniciativa que busca jogar luz sobre o desequilíbrio estrutural das contas públicas. No ritmo atual, o gasto já ultrapassa com folga a arrecadação no mesmo período, aumentando o rombo fiscal e travando a recuperação econômica.

Para o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, CACB, Alfredo Cotait, o Gasto Brasil é uma ferramenta de cidadania econômica.
“Nós criamos o Impostômetro há 20 anos para mostrar quanto pagamos de impostos. Agora, com o Gasto Brasil, mostramos para onde esse dinheiro está indo. O problema é que o gasto já passa dos R$ 3 trilhões e a arrecadação está em R$ 2,3 trilhões. Temos um déficit de R$ 700 bilhões.”

Segundo ele, a conta fecha com aumento de impostos, juros altos e retração de investimentos.

“É resultado da má gestão. Como não querem cortar gastos, querem arrecadar mais, mas ninguém aguenta mais. Estão afugentando investimentos. O empreendedor está sendo sufocado.”

O diagnóstico é corroborado por Cesar Lima, especialista em orçamento público, que defende o Gasto Brasil como ferramenta de conscientização. “Ajuda o brasileiro a perceber o custo real do Estado. Mas quando você olha os números, vê que dois terços do gasto são previdência. Talvez uma nova reforma da Previdência seja inevitável.”

Lima também destaca a má alocação dos recursos públicos: “Gasta-se muito e gasta-se mal. A população não percebe retorno nos serviços. Saúde, educação, infraestrutura — tudo precário. E isso alimenta o descrédito na política fiscal.”

De fato, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), mesmo com o novo regime fiscal em vigor, o governo federal deve encerrar o ano com déficit primário superior a R$ 80 bilhões. E o cenário para 2026 é ainda mais preocupante, com previsão de rombo de R$ 79 bilhões, o que exigiria forte contingenciamento das despesas públicas.

A expectativa é que a reforma administrativa, cujo relator é o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), avance no Congresso no segundo semestre. A proposta incluirá digitalização, avaliação de desempenho e unificação de carreiras. Para Cotait, é preciso coragem política.

“A sociedade não pode mais aceitar que reformas estruturais fiquem engavetadas por pressões corporativas. Se queremos um país mais competitivo, precisamos de um Estado mais leve e eficiente.”

Enquanto isso, o painel do Gasto Brasil segue rodando — um lembrete permanente de que a conta não fecha e de que a fatura sempre acaba no bolso do contribuinte.

O que é o Gasto Brasil?

Inspirado no Impostômetro, o Gasto Brasil é uma plataforma pública criada pela ACSP e pela CACB para monitorar, em tempo real, os gastos do governo federal, dos estados e dos municípios. A ferramenta busca ampliar a transparência e permitir que qualquer cidadão fiscalize como os recursos arrecadados são utilizados. Está disponível online, no site www.gastobrasil.com.br.
  

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Dólar fecha em alta pela segunda vez seguida

Mariana Ramos

A sessão reflete a expectativa dos investidores diante do plano de contingência do governo para empresas afetadas pelo tarifaço americano e os desdobramentos das negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

O dólar encerrou o último pregão em alta de 0,14%, cotado a R$ 5,44, com segunda alta seguida frente ao real.

A sessão reflete a expectativa dos investidores diante do plano de contingência do governo para empresas afetadas pelo tarifaço americano e os desdobramentos das negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Cotação do euro hoje

O euro encerrou o dia em desvalorização, cotado a R$ 6,30

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.

  BRL USD CAD EUR JPY GBP CHF AUD
BRL - 0.1837 0.2529 0.1581 27.2290 0.1367 0.1492 0.2821
USD 5.4403 - 1.3784 0.8618 148.0208 0.7447 0.8122 1.3534
CAD 3.9440 0.7254 - 0.6248 107.5232 0.5402 0.5839 1.1141
EUR 6.3091 1.1607 1.5995 - 172.0210 0.8643 0.9430 1.7827
JPY 0.0367 0.0067 0.0093 0.0058 - 0.0050 0.00548 0.0103
GBP 7.2939 1.3428 1.8509 1.1567 199.7070 - 1.0992 2.0623
CHF 6.6914 1.2308 1.6965 1.0604 182.4120 0.9105 - 1.8903
AUD 3.5390 0.6509 0.8974 0.5609 96.4940 0.4846 0.5288 -

Os dados são da companhia Morningstar.


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Ibovespa cai 0,21% e fecha acima dos 135 mil pontos

Mariana Ramos

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, encerrou a última sessão em queda de 0,21%, aos 135.623 pontos.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, encerrou a última sessão em queda de 0,21%, aos 135.623 pontos

O desempenho reflete a cautela dos investidores com os desdobramentos das negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Os resultados fecharam antes dos números da inflação ao consumidor, gerando expectativa para o impacto das tarifas e da politica monetária para amanhã.  

Confira as ações com melhor e pior desempenho no último pregão:

Ações em alta no Ibovespa

  • M.DIASBRANCOON (MDIA3): +16,24%
  • REVEE (RVEE3): +15,00%

Ações em queda no Ibovespa

  • ESTRELA (ESTR4): -9,80%
  • EQUATORIAL MARANHA (EQMA3B): -9,72% 

Volume negociado na B3 hoje

O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 17,6 bilhões. 

Para mais informações, acesse o site oficial da B3

O que é o Ibovespa e como ele funciona

O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.

Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.


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Manutenção da Selic em 15% e IOF pressionam setor produtivo

Janaína Michalskì

Após aumentar a taxa Selic por sete reuniões seguidas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu interromper o ciclo de alta de juros e manter a taxa básica em 15% ao ano, nesta quarta (30). A decisão, já esperada pelo mercado financeiro, foi unânime.

Após aumentar a taxa Selic por sete reuniões seguidas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu interromper o ciclo de alta de juros e manter a taxa básica em 15% ao ano, na última quarta (30). A decisão, já esperada pelo mercado financeiro, foi unânime. 

Como justificativa, o Copom disse que busca ter cautela diante do cenário de maior incerteza gerado pelas medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O Comitê do Banco Central também afirmou que a taxa básica de juros pode voltar a ser reajustada. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano. 

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão foi "insuficiente e equivocada", e pode consolidar a desaceleração do setor, já observada ao longo do 1º semestre de 2025. Em nota, a CNI defendeu que o Copom deveria ter iniciado um processo de redução da Selic e não de manutenção. “A política monetária contracionista impõe custos desnecessários à atividade econômica e a um cenário cada vez mais adverso para a indústria”, comunicou a entidade.  

"Já tivemos o aumento do IOF sobre as operações de crédito e câmbio e a elevação das tarifas dos EUA sobre as nossas exportações. A alta do IOF sobre o crédito vai aumentar em R$ 4,9 bilhões o custo para as indústrias, enquanto as tarifas dos Estados Unidos podem causar queda na produção industrial e a perda de milhares de empregos no país. O momento pede uma política monetária mais favorável. Precisamos de menos juros e mais crescimento”, apontou o presidente da CNI, Ricardo Alban. 

De acordo com Alban, a perspectiva demanda mudança de postura do Copom, para que, a partir da próxima reunião, inicie um ciclo de cortes nos juros. “Se isso não acontecer, o quadro econômico tende a piorar, podendo consolidar uma desaceleração ainda mais intensa do que temos observado”, completou o presidente da CNI. 

Com o aumento dos juros, o crédito tem ficado mais caro para empresas e consumidores. O comunicado da CNI citou dados do Banco Central que apontam aumentos das taxas de juros médias nas concessões de crédito. Nas linhas com recursos livres, a taxa média de juros para empresas subiu de 20,6% a.a. em setembro de 2024 para 24,3% a.a em junho de 2025. Para os consumidores, a alta foi de 52,3% para 58,3% a.a. no mesmo período.

"Os juros mais altos inviabilizam diversos projetos de investimento das empresas, que são essenciais para ampliar e modernizar a estrutura produtiva do país. Também tornam cada vez mais difícil o atendimento das necessidades financeiras diárias, que demandam capital de giro. Para os consumidores, os juros elevados dificultam a compra de diversos produtos, sobretudo os de maior valor, mais dependentes de financiamento", explicou o posicionamento da confederação.

Juros altos lideraram problemas da construção no 2º trimestre
Setores industriais, como o da construção, sentem o impacto. As taxas de juros elevadas foram o principal desafio do setor no 2º trimestre de 2025. O entrave foi citado por 37,7% dos empresários, contra 35,3% no 1º trimestre do ano, segundo Sondagem Indústria da Construção, da CNI e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), divulgada recentemente. 

“Pelo lado da oferta, se o industrial da construção precisar tomar crédito para adquirir capital de giro e começar um novo projeto, por exemplo, ele vai ser impactado pela elevação do custo do crédito, reflete esse aumento na Selic. E de forma similar, ocorre do lado da demanda: para o consumidor adquirir um bem do setor da construção, ele precisa tomar crédito, o que também acaba sendo encarecido pela elevação das taxas de juros”, explicou a analista de Políticas e Indústria da CNI, Isabella Bianchi.

Lembrada por 30,5% dos empresários, a alta carga tributária segue como o segundo principal problema da indústria da construção. No 1º trimestre, 27,8% dos empresários haviam mencionado a questão. 

Taxa “punitiva” para a economia 
André Galhardo, economista chefe da Análise Econômica de São Paulo, considera importante que o setor produtivo se manifeste contra a taxa de juros. “Não apenas porque é uma taxa de juros punitiva para a economia brasileira, mas também porque ela tem impactado os negócios de forma ampla. A contestação do setor industrial reflete todo o entendimento do setor produtivo brasileiro. Não é apenas a indústria que passa por um processo por um encarecimento do crédito e está exposta a problemas graves com pedidos de recuperação judicial, diminuição de investimentos e afins. O varejo e as famílias também sentem o impacto de uma política monetária que é muito mais restritiva do que poderia ser neste momento”, afirmou o economista. 

Galhardo aponta dados do próprio Banco Central que mostram o endividamento das pessoas físicas no nível mais alto desde maio de 2016. Em junho de 2025, a inadimplência chegou a 4,3%. 

“Isso certamente, em alguma medida, é fruto desse aperto monetário que tem prejudicado a solvência das famílias, das pessoas físicas e das pessoas jurídicas no Brasil. A taxa Selic em 15% é motivada pelo risco inflacionário, por questões cambiais e por questões estruturais fiscais. No entanto, ela também é motivada por uma questão que poderia ser resolvida”, disse.
  

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STF mantém alta do IOF e reconhece uso fiscal do imposto, mas exclui risco sacado

Lívia Braz

O uso do IOF como instrumento de aumento de arrecadação ganhou aval do Supremo Tribunal Federal. Em decisão esta semana, o ministro Alexandre de Moraes manteve a maior parte dos decretos presidenciais que elevaram as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras, mas excluiu da cobrança as operações de “risco sacado”, utilizadas por empresas do varejo para antecipar recebíveis.

O uso do IOF como instrumento de aumento de arrecadação ganhou aval do Supremo Tribunal Federal. Em decisão esta semana, o ministro Alexandre de Moraes manteve a maior parte dos decretos presidenciais que elevaram as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras, mas excluiu da cobrança as operações de “risco sacado”, utilizadas por empresas do varejo para antecipar recebíveis.

A medida reforça a posição do Executivo em usar o tributo para ajudar no equilíbrio das contas públicas, mas dentro dos limites constitucionais. Segundo o professor da FAAP e advogado tributarista German San Martín, a decisão reafirma o entendimento já consolidado no STF.

“O Supremo já tinha jurisprudência sólida de que o IOF pode ter finalidade arrecadatória, desde que a norma apenas altere alíquotas e não crie novas situações de incidência”, afirma San Martín.

Entenda

A decisão foi tomada depois de uma tentativa frustrada de conciliação entre o Congresso e o governo. O Legislativo havia aprovado um decreto legislativo para suspender os efeitos dos decretos presidenciais, alegando que o IOF, por sua natureza extrafiscal, não poderia ser usado exclusivamente para elevar receitas.

Contudo, para Moraes, a legislação vigente já permite que o tributo tenha também função fiscal. A exceção ficou por conta da inclusão do risco sacado na base de incidência do IOF, o que, segundo o ministro, configura a criação de um novo fato gerador — algo que só pode ser feito por meio de lei.

“Ao equiparar o risco sacado à operação de crédito, o decreto criou um novo fato gerador, o que não é permitido. Por isso, nesse ponto, Moraes agiu corretamente ao suspender a cobrança”, explica o professor da FAAP.

O que muda com a decisão

A elevação das alíquotas de IOF afeta diretamente empresas, investidores e consumidores. Veja os principais pontos:

Crédito para empresas

  • Antes: 0,0041% ao dia + 0,38% fixo
  • Agora: 0,0082% ao dia + 0,38% fixo

O custo do crédito mais que dobrou nas operações diárias.


Câmbio

  • Antes: 3,38% para cartão; 1,1% para espécie
  • Agora: alíquota única de 3,5%

 Mais caro para quem compra moeda estrangeira em espécie.

Previdência privada (VGBL)

  • Antes: isento

Agora:

  • Até 2025: 5% sobre aportes acima de R$ 300 mil/ano
  • A partir de 2026: isenção até R$ 600 mil/ano

 Impacto sobre investidores de alta renda.


Fundos FIDC

  • Antes: isentos
  • Agora: 0,38% sobre aquisição primária de cotas, inclusive por bancos

 Impacta fundos de crédito e operações estruturadas.


Risco sacado: fora da cobrança

O risco sacado, usado para antecipar capital de giro, não será tributado. O STF entendeu que a cobrança representaria a criação de um novo fato gerador — o que só pode ocorrer por lei.

Impacto fiscal menor que o previsto

A Fazenda esperava arrecadar R$ 12 bilhões em 2025 e R$ 31,2 bilhões em 2026 com os ajustes no IOF. Com a exclusão do risco sacado, a previsão cai R$ 450 milhões no ano que vem e R$ 3,5 bilhões no seguinte — perda total de R$ 4 bilhões.

E agora?

A decisão de Moraes é monocrática, mas segue entendimento já consolidado pelo Supremo e pode ser referendada pelo plenário. Para o professor German San Martín, o caso delimita bem até onde vai a liberdade do Executivo na gestão tributária.

“A decisão reforça a segurança jurídica e também os limites institucionais. O governo pode usar o IOF para arrecadar, sim, mas não pode inventar novos fatos geradores sem passar pelo Congresso”, conclui.
  

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Dólar cai 0,26% e fecha cotado a R$ 5,54, com pressão externa e juros altos no Brasil

Igor Neiva

O dólar encerrou esta quinta-feira (17) em queda no mercado brasileiro, refletindo um ambiente externo menos favorável à moeda americana e o contínuo apelo dos juros elevados no Brasil.

O dólar encerrou esta quinta-feira (17) em queda no mercado brasileiro, refletindo um ambiente externo menos favorável à moeda americana e o contínuo apelo dos juros elevados no Brasil. A moeda norte-americana caiu 0,26% e fechou cotada a R$ 5,54.

A desvalorização do dólar foi influenciada principalmente por um movimento global de enfraquecimento da moeda, com investidores demonstrando maior apetite por risco. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas internacionais, apresentou recuo, indicando menor demanda global pela divisa.

Além disso, novas tensões comerciais envolvendo os Estados Unidos também pesaram sobre a moeda. A imposição de tarifas sobre produtos como aço e alumínio por parte do governo norte-americano aumentou as incertezas em relação à economia do país, afastando investidores de ativos em dólar.

No cenário doméstico, a taxa básica de juros (Selic) em patamar elevado continua sendo um fator de atração para o capital estrangeiro. Com os juros mais altos, o Brasil se mantém como um destino rentável para investimentos, o que contribui para a valorização do real frente ao dólar.

Cotação do Euro hoje

O euro comercial encerrou o dia em valorização, cotado a R$ 6,44.

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
 

  BRL USD CAD EUR JPY GBP CHF AUD
BRL - 0.1802 0.2474 0.1551 26.7620 0.1341 0.1447 0.2774
USD 5.5477 - 1.3750 0.8620 148.536 0.7452 0.8041 1.5406
CAD 4.0323 0.7272 - 0.6268 108.018 0.5419 0.5847 1.1203
EUR 6.4309 1.1600 1.5947 - 172.299 0.8643 0.9327 1.7871
JPY 0.0374 0.0067 0.0093 0.0058 - 0.0050 0.5413 0.0103
GBP 7.4457 1.3418 1.8448 1.1564 199.316 - 1.0790 2.0673
CHF 6.8935 1.2434 1.7093 1.0717 184.679 0.9265 - 1.9155
AUD 3.5981 0.6490 0.8925 0.5594 96.3950 0.4836 0.5219 -

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Ibovespa avança 0,04% em meio à cautela fiscal e tensão comercial com os EUA

Igor Neiva

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a última sessão com aumento de 0,04%, passando para 135.564 pontos.

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a última sessão com aumento de 0,04%, passando para 135.564 pontos.

A cautela dos investidores tem relação direta com o impasse em torno de medidas fiscais do governo federal. A proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que chegou a ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aumentou o clima de insegurança sobre o rumo da política econômica. Apesar de sinais de recuo por parte do governo, o mercado ainda aguarda definições mais claras e sustentáveis.

Outro fator que pesa sobre o índice é a recente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos. A imposição de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros, como aço e alumínio, gerou preocupações sobre os impactos nas exportações e, consequentemente, no desempenho de empresas listadas na B3, principalmente dos setores de commodities e siderurgia.


Confira as ações com melhor e pior desempenho no último pregão:


Ações em alta no Ibovespa

  • Fiac (FIEI3): +17,21%
  • Renova (RNEW3): +15,00%

Ações em queda no Ibovespa

  • Azul (AZUL4): -9,21%
  • Sondotecnica (SOND5): -−9,01%

Volume negociado na B3 hoje

O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 17,9 bilhões.

O que é o Ibovespa e como ele funciona?

O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.

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Índice de expectativas do setor industrial volta a cair, informa CNI

Janaína Michalskì

O Índice de Expectativas do setor industrial teve nova queda no mês de julho: com baixa de 1,2 ponto, chegou a 49,7 pontos. O indicador passou todo o 1º semestre de 2025 no campo negativo. Os dados fazem parte do Índice de Confiança do Empresário Industrial, o ICEI, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (11).

 O Índice de Expectativas do setor industrial teve nova queda no mês de julho: com baixa de 1,2 ponto, chegou a 49,7 pontos. O indicador passou todo o 1º semestre de 2025 no campo negativo. Os dados fazem parte do Índice de Confiança do Empresário Industrial, o ICEI, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (11).

Segundo a CNI, ao ficar abaixo dos 50 pontos, o índice revela que as perspectivas dos industriais são negativas até o final de 2025. Tanto para a economia, quanto para os próprios negócios. A última vez que o indicador ficou abaixo dos 50 pontos foi em janeiro de 2023, quando marcou 48,8 pontos. 

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Neste mês de julho, o ICEI caiu 1,3 ponto, de 48,6 pontos para 47,3 pontos, chegando ao sétimo mês consecutivo de falta de confiança. É a segunda pior sequência negativa da história do indicador, atrás, somente, dos resultados observados na recessão econômica de 2015 e 2016. 

Entre os fatores que explicam a queda de confiança do empresário industrial, Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, destaca as taxas de juros ainda elevadas – que contribuíram para a retração da atividade industrial no primeiro trimestre, com crescimento de apenas 0,1% no PIB do setor – além de duas quedas consecutivas na produção industrial, conforme dados do IBGE.

Larissa Nocko também aponta o aumento do nível de estoques na indústria, em um cenário de estabilização dos indicadores relacionados à demanda por bens industriais, como outro fator que contribuiu para a queda do índice em julho. "Isso confirma também esse cenário de redução do ritmo de crescimento da atividade econômica, em particular da atividade industrial”, afirma a especialista.

Fonte: CNI

Mais sobre o ICEI


O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) é uma pesquisa mensal da CNI que mede a confiança dos empresários da indústria. Para esta edição, foram consultadas 1,2 mil empresas, sendo 482 de pequeno porte; 442 de médio porte; e 285 de grande porte, entre os dias 1 e 7 de julho de 2025.

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A Fantasia do Padrão-Ouro: Por Que Voltar ao Século XIX Não Resolveria Nossa Economia

    Você já notou como alguns economistas de internet falam do padrão-ouro como se fosse a solução mágica para todos os problemas econômicos modernos?

Todo dia, vemos vídeos e posts celebrando um sistema monetário que o mundo abandonou há quase um século como se fosse uma panaceia perdida. E não, esse abandono não foi um "complô estatista" - foi uma necessidade prática diante das falhas estruturais do sistema.

Surpreendentemente, os mesmos defensores desse retorno ao passado monetário convenientemente esquecem de mencionar as inúmeras crises, pânicos e depressões que ocorreram justamente durante a "era de ouro" que tanto idealizam.

Esse tipo de conteúdo alimenta uma ilusão perigosa: a de que o problema é tão grande, tão sistêmico, que você não pode fazer nada além de comprar ouro e esperar o colapso. Você pode continuar vendo vídeos que falam como o mundo é injusto e como o sistema está corrompido…

Ou pode aprender como funciona a economia dentro do sistema real de hoje, e dentro do processo histórico, para proteger sua família, sua saúde mental e seu futuro.

Vamos explorar por que a nostalgia pelo padrão-ouro é baseada mais em fantasia ideológica do que em realidade histórica.

O padrão-ouro criou mais pânicos financeiros, não menos.

O período do padrão-ouro clássico (1870-1914) é frequentemente retratado como uma era de estabilidade, mas os registros históricos contam uma história diferente. Este período testemunhou frequentes crises bancárias e pânicos financeiros.

Apenas nos Estados Unidos, grandes crises financeiras ocorreram em 1873, 1884, 1890, 1893 e 1907—todos enquanto operavam sob um padrão-ouro. Estes não foram pequenos contratempos, mas eventos econômicos devastadores que causaram desemprego massivo e falências de empresas. O pânico de 1893, por exemplo, levou a uma depressão com desemprego chegando a quase 20% em algumas áreas.

Por que isso aconteceu? Sob um padrão-ouro, os bancos centrais não podem atuar como emprestadores de última instância eficazes durante crises de liquidez porque sua criação de moeda é limitada pelas reservas de ouro. Quando as pessoas entravam em pânico e exigiam seus depósitos em ouro, os bancos frequentemente não conseguiam atender a essas demandas, desencadeando corridas bancárias e colapsos sistêmicos.

Em contraste, os sistemas bancários centrais modernos podem fornecer liquidez de emergência durante crises financeiras, que, apesar de suas imperfeições, impediram o tipo de colapsos catastróficos do sistema bancário que eram comuns sob o padrão-ouro.

O padrão-ouro amplificou as crises econômicas em vez de preveni-las.

Um dos aspectos mais prejudiciais do padrão-ouro foi sua tendência de tornar as contrações econômicas mais severas e prolongadas.

Quando um país experimentava uma desaceleração econômica sob o padrão-ouro, o mecanismo de ajuste automático na verdade piorava as condições através do que os economistas chamam de política monetária "procíclica". Veja como funcionava:

  • A desaceleração econômica levava a preços mais baixos (deflação)

  • A deflação aumentava o valor real das dívidas, tornando-as mais difíceis de pagar

  • O aumento de inadimplências desencadeava falências bancárias e contração de crédito

  • A redução da oferta de moeda deprimia ainda mais a atividade econômica

  • O ciclo continuava, aprofundando a depressão

Isso é precisamente o que aconteceu durante a Grande Depressão. Países que abandonaram o padrão-ouro mais cedo (como a Grã-Bretanha em 1931) se recuperaram mais rapidamente do que aqueles que o mantiveram por mais tempo (como a França, que permaneceu no ouro até 1936).

Imagem mostrando gráfico da recuperação econômica durante a Grande Depressão, evidenciando como países que abandonaram o padrão-ouro mais cedo (Japão, Grã-Bretanha) se recuperaram melhor
Fonte: https://delong.typepad.com/sdj/2013/10/the-great-depression-from-the-perspective-of-today-and-today-from-the-perspective-of-the-great-depression.html

O gráfico acima demonstra claramente como os países que abandonaram o padrão-ouro mais cedo conseguiram se recuperar mais rapidamente da Grande Depressão. Observe como Japão e Grã-Bretanha, que saíram do sistema em 1931, apresentaram recuperação muito mais forte que a França, que permaneceu no padrão-ouro até 1936 e mal conseguiu se recuperar.

O padrão-ouro fundamentalmente carece da flexibilidade necessária para amortecer choques econômicos. Ele força sofrimento desnecessário ao impedir que a política monetária contrarie graves crises econômicas—exatamente quando as pessoas mais precisam de alívio.

O padrão-ouro criou deflação crônica que beneficiou credores às custas dos devedores.

Durante grande parte da era do padrão-ouro, particularmente de 1873 a 1896, o mundo experimentou deflação persistente (queda de preços), já que a produção de ouro não conseguia acompanhar o crescimento econômico.

Enquanto a inflação moderada prejudica os credores e ajuda os devedores (tornando as dívidas mais fáceis de pagar ao longo do tempo), a deflação faz o oposto—aumenta o peso real da dívida. Isso cria sérias consequências distributivas:

  • Agricultores e pequenos empresários com hipotecas e empréstimos sofreram quando suas rendas caíram enquanto os pagamentos de dívidas permaneceram fixos

  • Bancos e indivíduos ricos que possuíam dívidas de terceiros viram o valor real de seus ativos aumentar

  • Trabalhadores enfrentaram cortes salariais enquanto empregadores lutavam com preços em queda e encargos reais de dívida crescentes

Esse viés deflacionário contribuiu para a instabilidade política, incluindo o surgimento do movimento Populista nos Estados Unidos na década de 1890, que representava agricultores esmagados por dívidas hipotecárias que se tornavam cada vez mais onerosas à medida que os preços caíam.

O registro histórico mostra claramente que o padrão-ouro sistematicamente favoreceu credores sobre devedores, os ricos sobre as classes trabalhadoras e interesses financeiros sobre empreendimentos produtivos.

O padrão-ouro não impediu a manipulação governamental da moeda—apenas mudou sua forma.

Economistas austríacos frequentemente afirmam que o padrão-ouro impede a manipulação governamental do dinheiro. Mas a experiência histórica mostra que os governos frequentemente alteraram, suspenderam ou abandonaram o padrão-ouro quando politicamente conveniente.

Durante o período do padrão-ouro clássico:

  • Os países frequentemente mudavam sua paridade com o ouro (a quantidade de ouro lastreando sua moeda)

  • Nações suspendiam a conversibilidade durante guerras e crises

  • Governos manipulavam taxas de juros e usavam controles de capital para proteger reservas de ouro

  • Bancos centrais coordenavam-se para influenciar fluxos de ouro entre países

Por exemplo, durante a Primeira Guerra Mundial, todas as principais potências europeias abandonaram o padrão-ouro para financiar gastos militares. Eles depois retornaram a paridades artificiais que causaram significativa perturbação econômica. O retorno da Grã-Bretanha ao ouro em 1925 a uma taxa supervalorizada contribuiu diretamente para suas dificuldades econômicas no final da década de 1920.

A ideia de que o padrão-ouro de alguma forma remove a influência política dos sistemas monetários é contradita pela prática histórica real. A intervenção governamental simplesmente assumiu formas diferentes—muitas vezes menos transparentes.

A incompatibilidade com o mundo moderno torna o retorno ao padrão-ouro impossível.

Como diz o ditado: "Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio". O mundo econômico mudou fundamentalmente, tornando o retorno ao padrão-ouro não apenas indesejável, mas tecnicamente impossível.

A economia global de hoje tem pouca semelhança com o mundo do século XIX quando o padrão-ouro clássico operava:

  • A economia global é aproximadamente 30 vezes maior, mas a oferta de ouro não cresceu proporcionalmente

  • O sistema financeiro opera em velocidade e escala inimagináveis no século XIX

  • Mercados de derivativos e transações digitais não podem ser efetivamente "lastreados" em metais físicos

  • A mobilidade instantânea de capitais tornaria qualquer sistema de câmbio fixo extremamente vulnerável

  • As democracias modernas não tolerariam os ajustes recessivos brutais que o padrão-ouro exigia

Mesmo se quiséssemos retornar a um padrão-ouro, o suprimento global de ouro é insuficiente para suportar a escala da atividade econômica atual sem causar deflação severa. Todo o estoque mundial de ouro vale aproximadamente US$ 13 trilhões—muito menos que os US$ 90+ trilhões do PIB global ou o valor muito maior do total de ativos financeiros globais.

A visão nostálgica do padrão-ouro ignora o quão fundamentalmente diferentes são nossos sistemas econômicos e financeiros hoje em comparação com o século XIX.

O custo real de uma nostalgia perigosa seria catastrófico.

Se implementássemos um verdadeiro padrão-ouro hoje, as consequências seriam devastadoras:

  • Causaríamos uma deflação massiva e possivelmente a maior depressão da história

  • Transferiríamos riqueza de devedores para credores em escala sem precedentes

  • Entregaríamos poder monetário desproporcional a países produtores de ouro

  • Limitaríamos o crescimento econômico global a aproximadamente 2% ao ano

  • Eliminaríamos a capacidade de resposta a crises como a de 2008 ou a pandemia

Imagine se, durante a crise financeira de 2008 ou a pandemia de COVID-19, os governos e bancos centrais tivessem suas mãos atadas por um padrão-ouro rígido. O resultado teria sido catástrofes econômicas globais muito piores do que as que experimentamos.

Lembre-se disto: economias evoluem, e sistemas monetários devem evoluir com elas. O que poderia ter funcionado (ainda que imperfeitamente) para economias mais simples não pode atender às necessidades de sistemas financeiros modernos complexos.

Da próxima vez que alguém defender apaixonadamente o retorno ao padrão-ouro, pergunte se essa pessoa estaria disposta a aceitar os pânicos bancários regulares, as deflações dolorosas e as limitações ao crescimento que eram características intrínsecas desse sistema. Ou se, talvez, ela está defendendo uma versão fantasiosa que nunca existiu na realidade.

Como a história econômica nos ensina repetidamente: não existem balas de prata em política monetária, apenas trade-offs complexos. E o retorno ao padrão-ouro seria um trade-off catastrófico, trocando problemas administráveis por crises existenciais.

Em nosso curso sobre a história das ideias econômicas, exploramos em profundidade como debates monetários como este se repetem ao longo dos séculos – da teoria quantitativa da moeda às batalhas entre "bullionistas" e a escola bancária, até as controvérsias monetárias modernas.

Nossos sistemas monetários atuais certamente não são perfeitos. Mas a solução está em reformas progressivas baseadas em evidências, não em retrocessos nostálgicos a sistemas que já falharam espetacularmente diante dos desafios da economia real.

Abraços,

Paulo Gala


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Segmento: Economia

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2021

 



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Gasto Brasil: plataforma permite acompanhamento detalhado dos gastos públicos

Lívia Braz

Prestes a completar um mês do lançamento, a plataforma Gasto Brasil (gastobrasil.com.br) é uma iniciativa voltada à transparência dos gastos públicos em todo o território nacional. A ferramenta oferece ao cidadão a possibilidade de visualizar, de maneira segmentada por município, estado ou União, os valores aplicados em áreas como folha de pagamento, previdência social e investimentos governamentais, com base em dados oficiais do Tesouro Nacional.

Prestes a completar um mês do lançamento, a  plataforma Gasto Brasil é uma iniciativa voltada à transparência dos gastos públicos em todo o território nacional. A ferramenta oferece ao cidadão a possibilidade de visualizar, de maneira segmentada por município, estado ou União, os valores aplicados em áreas como folha de pagamento, previdência social e investimentos governamentais, com base em dados oficiais do Tesouro Nacional.

Além de estar disponível online, o sistema também pode ser consultado presencialmente, por meio de um painel de LED instalado no centro da cidade de São Paulo, exibido de forma randômica no mesmo painel junto ao tradicional Impostômetro. Presidentes de associações comerciais, de Norte a Sul do país, vêm acompanhando os dados da plataforma. 

Para Alessandro da Silva, presidente da Associação Comercial e  Industrial de Ariquemes, Rondônia, o Gasto Brasil vai abrir os olhos da população, que precisa entender como estão sendo aplicados esses recursos.

“A gente entende que o governo precisa gastar, precisa investir. É como uma empresa, só que tem que gastar e tem que investir melhor. Tem que ser mais assertivo, tem que fazer, realmente, chegar na ponta a quem realmente vai fazer disseminar esses recursos e fazer ele gerar mais emprego,  gerar mais renda para a população.”

Fundada em 1980, a Associação Comercial e Industrial de Ariquemes (ACIA) reúne 550 associados, divididos em 10 núcleos de negócios por segmento. Entre os papeis da ACIA estão o fortalecimento e defesa dos interesses da classe empresarial. Para isso, a Associação promove o desenvolvimento econômico e social da região por meio de iniciativas inovadoras, capacitação e apoio ao empreendedorismo.

Transparência e controle social

O projeto Gasto Brasil é fruto de uma parceria entre a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A ideia é estimular o controle social, oferecendo à população ferramentas para compreender como os recursos arrecadados são utilizados e qual o impacto desses investimentos no dia a dia.

A plataforma permite que qualquer pessoa, de forma intuitiva, acesse os dados de despesas por cidade, estado ou em nível nacional. Para o presidente da CACB, Alfredo Cotait, a novidade reforça a importância de uma cultura de responsabilidade fiscal e participação cívica.

“Há um desequilíbrio. Se gastássemos apenas o que arrecadamos, não teríamos inflação e a taxa de juros seria 2,33%. Assim como o Impostômetro foi um processo educativo, o Gasto Brasil também será mais um processo educativo para mostrar à sociedade que ela precisa participar e se manifestar. Nós estamos deixando uma conta muito cara para o futuro”, declarou Cotait.

Com a nova ferramenta, associações empresariais, gestores públicos e cidadãos passam a contar com uma base de dados robusta para acompanhar, fiscalizar e dialogar sobre a aplicação do dinheiro público no Brasil.
  

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